quarta-feira, 30 de setembro de 2009

FOTOS DA SEMANA ELT EM ALERTA!

Demorou, mas cá está!
Só podemos dizer que foi lindo e agradecer imensamente à todos os grupos, à todas as pessoas que prestigiaram, aos aprendizes, mestres e funcionários pelo apoio e pelo presente!

Já de antemão pedimos desculpas aos fotógrafos, pois como são muitas fotos vindas de muitas pessoas diferentes, não soubemos colocar os créditos. Aqueles que reconhecerem suas fotos, por favor, os façam nos comentários. E ainda faltam fotos de espetáculos. Em breve colocaremos!

Evoé!


A dobra. Cia do Nó


Lênin. Núcleo Zona Autônoma


idem



Sobre Terror e Miséria no Novo Mundo
Cia. Antropofágica


idem


idem



 Um Branquinho e um violão



Ciranda das Flores. Cia. Prosa dos Ventos



idem



Debate com o pessoal d´A Brava Companhia


idem


Dança Indiana. Thiago Antunes



idem



Rubi



idem



idem



Mesa de debates com Chiquinho Mederiros, Maria Tendlau,
Antônio Rogério Toscano e Luis Alberto de Abreu


idem


Solo Pernambucano. Marcelino Freire

 
 Palavras em uma noite de fúria. Viviane Palandi


idem



Nekrópolis. F10. ELT



Brasil quem foi que te pariu?
Trupe Artemanha



idem



Gardênia. El otro núcleo de teatro.


idem



idem



Homem Cavalo Sociedade Anônima
Cia. Estável



Cindi Hip Hop
Núcleo Bartolomeu de Depoimentos


idem


idem



casa lotada todos os dias



instalação coletiva



fila pra assistir espetáculo



público



assembléia permanente




segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ATENÇÃO: CONTINUAMOS EM ALERTA!

O Movimento ELT em Alerta! após a Semana ELT em Alerta! que contou com a participação de importantes grupos de teatro de SP e do ABC, além de convidados como Luis Alberto de Abreu, Chiquinho Medeiros, Rubi, Marcelino Freire, entre outros, vem por meio desta reafirmar o estado de ALERTA!

Após inúmeras negociações com a Secretaria de Cultura nesta última semana, ainda estamos sem respostas às nossas reivindicações.

Enquanto as posições da Secretaria de Cultura não forem OFICIALIZADAS, principalmente os acordos, que até agora foram feitos apenas na palvra, o Movimento ELT em Alerta! continua, e faz um chamado aos nossos pareceiros a continuarem conosco!

Acompanhem aqui pelo blog e aguardem novas informações.

Movimento ELT em Alerta!

MATÉIRA ABCD MAIOR - 26/09/2009

26/09/2009 - TEATRO

Dramaturgo defende ELT em Sto.André

Por: Liora Mindrisz  (liora@abcdmaior.com.br)


Abreu: se a ELT perder a característica de pensamento, ela se torna uma escola comum. Foto: Luciano Vicioni
Abreu: se a ELT perder a característica de pensamento, ela se torna uma escola comum. Foto: Luciano Vicioni
Luis Alberto de Abreu recorda tempos áureos da Escola Livre de Teatro, faz críticas e avalia atual crise

O dramaturgo bernardense Luis Alberto de Abreu ajudou a construir e difundir a Escola Livre de Teatro de Santo André. Após três anos afastado, Abreu voltou para defender o projeto pedagógico original: um processo democrático e colaborativo de ensino. Abreu é autor de mais de 40 peças e roteiros. Nos palcos, ficou conhecido com as peças “Foi Bom, Meu Bem?”, de 1980, “Cala Boca já Morreu”, de 1981, e “Bella Ciao”, em 1982. Nas telonas, foi co-autor com a diretora Eliane Caffé dos roteiros de “Kenoma”, em 1998, e “Os Narradores de Javé”, de 2004. Já na TV, é responsável pelo roteiro de duas minisséries da TV Globo: “Hoje é Dia de Maria” (2005) e “A Pedra do Reino” (2006). Abreu hoje é morador de Ribeirão Pires.

ABCD MAIOR - Qual foi a sua experiência na Escola Livre?
LUIS ALBERTO DE ABREU -
Entrei na ELT no semestre seguinte da sua fundação. Trabalhei aqui durante 15 anos. No meio disso, fiquei afastado por quatro anos, quando a escola foi fechada pelo ex-prefeito Newton Brandão. Voltei para a reconstrução dela na segunda gestão do prefeito Celso Daniel.

ABCD MAIOR - O que lecionou?
ABREU -
Fundamentalmente dramaturgia, mas que ia desde dramaturgia para teatro até o projeto inédito de dramaturgia radiofônica. Além disso, eventualmente assessorava grupos de teatro, montagens; fazia preparação corporal, isso tudo dentro da escola, como mestre.

ABCD MAIOR - Você vê alguma relação da situação no governo do Brandão com a atual?
ABREU
- Não, o Brandão foi uma desmobilização, uma ausência total de diálogo, um desmantelamento da escola. Foi proposital, eles não gostavam e não queriam a escola. Desta vez, até onde eu entendo, há um interesse em manter os equipamentos em funcionamento.

ABCD MAIOR – O sr. acha que os equipamentos serão mantidos com a ideia pedagógica original?
ABREU
- Quando muda o partido, é esperado que mude também a orientação, a política cultural, se é que ela existe. Nesse momento, o que eu posso dizer é que a instituição, mais do que o equipamento, tem de permanecer. Permanecer discutindo, permanecer produzindo, permanecer viva. Gostaria de entender quais os planos que a Secretaria tem para a ELT, que é um tipo de escola que deu bons frutos e pode continuar dando.

ABCD MAIOR - E se a escola perder essa característica?
ABREU
- Se ela perder essa característica de pensamento, de envolvimento, se torna uma escola comum, como qualquer outra, assim como as milhares que existem espalhadas pelo Brasil. São escolas que não produzem, que não pensam, que não trazem nada de novo.

ABCD MAIOR - Você acredita que qualquer partido pode manter esta instituição?
ABREU
- Houve uma época que eu pensei que um ou outro partido poderiam ter uma sensibilidade maior às questões culturais, coisas que os partidos mais tradicionais nunca tinham tido. Mas o que está havendo é que atualmente, principalmente na área de cultura, não é o programa de governo do partido que determina as políticas culturais, é a sensibilidade de quem está sentado temporariamente na cadeira da Secretaria de Cultura. Porque partido algum está preocupado com a cultura, esta é a razão pela qual não estou preocupado com partido nenhum.

ABCD MAIOR - Qual o diferencial na formação desses artistas que passam por essa escola?
ABREU
- Aqui, além da formação de ator, tem uma série de cursos livres que levam à reflexão mais profunda, tanto da realidade artística como da realidade social e da inserção do artista no meio disso. As escolas são muito mais formadoras de mão de obra barata para o mercado de produção cultural. Nem questiono a qualidade destas outras escolas, mas ninguém sobrevive só sendo ator, tem de saber pensar também. Ator não é uma coisa funcional, que aprende umas técnicas e sai por aí fazendo. Formamos atores criadores, atores artistas, que consigam desde resolver questões de dramaturgia, de pensamento, que possa estender um olhar para o problema social, para o problema cultural, e daí extrair sua arte.

ABCD MAIOR - Na época da construção da ELT, qual sua recordação?
ABREU
- As recordações são, primeiro, pelo pioneirismo. Depois, a disponibilidade para o trabalho. Lembro-me que a coordenadora, Maria Thaís (Lima Santo), para inaugurar a parte do circo no Parque Jaçatuba, pegou o carrinho de areia e pedra e colocou os funcionários dela para fazer trabalho de pedreiro. Outra grata lembrança, só que anos depois, foi uma época neste prédio que não se tinha lugar para transitar porque nas salas, escadas e corredores havia atores ensaiando. Neste ano, a ELT montou 17 espetáculos.

ABCD MAIOR - E recordação do que as pessoas falavam e esperavam deste projeto novo?
ABREU
- Tínhamos muita vontade. No primeiro ano, a ELT tinha 12 alunos e ninguém botava muita fé. No último ano, antes do Brandão, havia 300 alunos e três grandes produções, que inclusive foram para São Paulo. O envolvimento, a palpitação na cidade era muito grandes.

ABCD MAIOR - Trabalhou em outra escola com esse programa pedagógico?
ABREU
- O único, que estou há dez anos, é no galpão Cine Horto, em Belo Horizonte. Não é uma escola tão formal como esta, mas é um centro de experimentação e foi criado a partir da experiência da ELT. Outros se interessaram com processo colaborativo da escola. Diadema nos consultou, Guarulhos também queria criar uma escola deste tipo. As pessoas têm interesse em saber como é a questão pedagógica e normalmente sou consultado a esse respeito. Porque a ELT é uma referência, atualmente, em didática e pedagogia de artes cênicas.

Entenda a crise na Escola Livre de Teatro de Santo André - A crise entre comunidade artística da Escola Livre de Teatro e administração pública de Santo André começou após a demissão do coordenador pedagógico da ELT, Edgar Castro, na terça-feira (08/09), escolhido democraticamente por membros da instituição. Na sexta-feira (11/09), mestres e aprendizes organizaram um ato público para a entrega de uma carta que reivindica a volta do coordenador e o afastamento da coordenadora administrativa, Eliana Gonçalves, indicada pela Secretaria de Cultura, alegando que ela impede o processo democrático da Escola. O ato contou com a presença de atores como Maria Alice Vergueiro, Antonio Petrin e Leona Cavalli.

Na quinta-feira (17/09), após visita na Câmara Municipal, vereadores criaram Comissão de Assuntos Relevantes para debater os impasses com os integrantes da ELT. Nesta semana, aconteceu de segunda (21/09) a sexta (25/09), a Mostra Ocupação “ELT em Alerta”,com a participação de cerca de 30 grupos e artistas da Região e outros centros, que se apresentaram no Teatro Conchita de Moraes (sede da Escola) em prol da preservação do projeto. Uma das atividades contou com uma mesa de debate sobre o projeto pedagógico da ELT com a participação de dois ex-mestres e pioneiros na construção da Escola, o diretor de teatro Chiquinho Medeiros e o dramaturgo Luís Alberto Abreu.
Durante estas mais de duas semanas, diversos artistas nacionais divulgaram apoio à ELT, como o jornalista Marcelo Tas e o grupo musical Teatro Mágico. A comunidade publicou em um site as notas recebidas, que até agora totalizam 59. O apoio pode ser conferido no
http://apoioelt.blogspot.com.  A assessoria de imprensa da Prefeitura disse ao ABCD MAIOR que não falará sobre o caso da ELT.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FOLHA DE SÃO PAULO - 24/09/2009

Escola-modelo de formação de atores atravessa crise
DA REPORTAGEM LOCAL

Referência na formação de atores, a Escola Livre de Teatro (ELT) de Santo André (Grande SP) vive um impasse. As aulas estão suspensas. No lugar, ocorre a Semana ELT em Alerta, com assembleias, debates e apresentações de teatro e música.
A mobilização vem na esteira da demissão do coordenador pedagógico, Edgar Castro, em 8/9. O episódio foi o ápice de um processo de desgaste na relação dos corpos discente e docente com a secretaria de Cultura local.
O mal-estar tem raízes na indicação de Eliana Gonçalves, em janeiro, para a coordenação administrativa da ELT. Mestres e aprendizes afirmam que sua gestão é pautada pelo autoritarismo. Procurada pela reportagem, ela não quis falar.
O secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Edson Salva, diz que Edgar foi afastado pois "o diálogo estava difícil, havia mistura de competências". Edgar responde: "Houve um problema da professora [Gonçalves] com a comunidade da ELT, uma falta de entendimento do projeto pedagógico".
Mestres pedem ao menos a reintegração dele ao corpo docente. Aprendizes querem reempossá-lo na coordenação pedagógica. A saída de Gonçalves da ELT é reivindicação comum. Ontem à tarde, a prefeitura disse que "o assunto está em análise". (LN)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA ELT EM ALERTA! Clique na imagem para ver melhor!


 

Escola Livre de Teatro de Santo André promove ocupação artística
A “Semana ELT em Alerta”, como foi chamada, começa nesta segunda-feira com diversas apresentações gratuitas de música, teatro e dança, além de mesa de debates com Luís Alberto de Abreu e Francisco Medeiros

De 21 a 25 de setembro a comunidade da Escola Livre de Teatro de Santo André (ELT) promove a Semana ELT em Alerta. O evento é uma Ocupação Artística em prol da Manutenção do Projeto Pedagógico da Escola, que está seriamente ameaçado.
            Durante a semana, diversos coletivos teatrais e artistas que apóiam a causa se apresentarão nos espaços da Escola Livre de Teatro e Praça Rui Barbosa, no bairro de Santa Terezinha, Santo André. Farão parte da Semana, espetáculos de teatro e dança, atividades de literatura, apresentações musicais e performáticas, além de debates sobre políticas públicas culturais. Na mesa de debates do dia 23, o dramaturgo Luis Alberto de Abreu e o diretor Francisco Medeiros, discutirão sobre o projeto artístico-pedagógico da Escola.
No rol de convidados estão artistas de destaque na cena regional e nacional como a Cia. São Jorge de Variedades, Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, Brava Companhia, Teatro de Rocokóz, o escritor Marcelino Freire e o cantor Rubi.
            Artistas e grupos participantes farão apresentações gratuitas em defesa da continuidade do projeto ELT, que se tornou referência para a formação de atores no Brasil e que está completando 20 anos de luta e existência. A Escola, que é autogerida pelo coletivo de mestres e aprendizes e escolhe democraticamente sua coordenação, ficou abalada no dia 08 de setembro de 2009, com a notícia de que seu coordenador pedagógico, o ator Edgar Castro - professor da escola há 11 anos - havia sido demitido sem justificativas.
Na sexta-feira, onze de setembro, mais de trezentos artistas representantes dos principais coletivos de artes cênicas das cidades de Santo André e São Paulo - entre eles as atrizes Maria Alice Vergueiro, Leona Cavalli, Georgete Fadel, o ator Antônio Petrim, a diretora Cibele Forjaz – fizeram uma passeata da Praça Rui Barbosa, sede da Escola, até o Paço Municipal, onde foi entregue uma carta de reivindicações ao Secretário de Cultura do município.
Ontem, dia 17, mais de cem artistas estiveram presentes na Câmara Municipal de Santo André, durante a Sessão Plenária. Os aprendizes Mário Augusto e Lílian Cardoso fizeram uso da Tribuna Livre para defender a continuidade do projeto da ELT e foram apoiados pela maioria absoluta dos vereadores.
O movimento repercutiu numa comissão de vereadores e membros da Comunidade ELT que dialogarão junto ao Poder Executivo, que vem negando todas as reivindicações da comunidade e descumprindo os prazos de resposta acordados em reunião, firmando a decisão de afastar Edgar Castro como coordenador e professor da Escola.
A comunidade não aceita essa decisão e por isso convida todos os cidadãos e cidadãs a participarem da Semana ELT em Alerta, uma mostra que reflete a diversidade estética e a profundidade ética que regem a práxis da Escola.


SEMANA ELT EM ALERTA!
Entrada Franca

SEGUNDA–FEIRA
21/09

10 e 16 HORAS – TEATRO DE RUA
O SANTO GUERREIRO E O HERÓI DESAJUSTADO
CIA SÃO JORGE DE VARIEDADES
Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança chegam à capital paulista procurando sua doce e amada Dulcinéia, mas não conseguem entender as regras de nossa metrópole e se adaptar a nova realidade. Para salva-los aparece São Jorge que revela a eles a vida que ainda pulsa em São Paulo. O roteiro se desenvolve como num desfile de escola de samba, com carros alegóricos em forma de barco, diferentes alas e samba-enredo.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA



TERÇA–FEIRA
22/09


15H – ESPETÁCULO TEATRAL
CENAS DO ESPETÁCULO A DOBRA
CIA DO NÓ
Willian é um empresário insatisfeito com o cargo que ocupa na empresa. Inexplicavelmente há uma dobra no tempo que o faz encontrar consigo mesmo.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES – ELT

16H – ESPETÁCULO TEATRAL
LÊNIN
NÚCLEO ZONA AUTÔNOMA
Um homem, vivendo no século XXI, decide viajar no tempo com o propósito de entregar um presente para um líder num sindicato em São Bernardo do Campo que, segundo ele, foi responsável pelo desperdício de sua juventude nos anos noventa. Porém, durante a jornada, começa a desconfiar que a ação de modificar o passado para alterar o presente pode ser uma tentativa fracassada de revolução.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS
ESPAÇO: GALPÃO ELT

18H – ESPETÁCULO TEATRAL
SOBRE TERROR E MISÉRIA NO NOVO MUNDO
CIA ANTROPOFÁGICA
Comandada pelo diretor Thiago Reis Vasconcelos, a peça resgata emoções, comportamentos e relações de poder na época do Brasil Colonial e faz paralelo com o momento atual do país. Depoimentos de pessoas que andam pelo metrô Paraíso foram colhidos e são adicionados durante a apresentação.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS
ESPAÇO: GALPÃO ELT

19H30 – APRESENTAÇÃO MUSICAL
HEITOR BRANQUINHO: UM BRANQUINHO E UM VIOLÃO
PARTICIPAÇÃO DE HUGO BRANQUINHO
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: SALA 01 – ELT

20H – ESPETÁCULO TEATRAL
ATO ÚNICO
CIA. VERALUZ
A partir de uma catástrofe, um ataque terrorista, Ato Único apresenta a vida de dois casais e como seus relacionamentos desmoronam com o passar do tempo.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 14 ANOS
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES - ELT


 QUARTA–FEIRA
23/09

10H – DANÇA
VIVÊNCIA E JAM SESSION COM TICA LEMOS
CIA NOVA DANÇA 4
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 14 ANOS
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES – ELT

14H – TEATRO DE RUA
UM SHOW DE VARIEDADES PALHACÍSTICAS
TEATRO DE ROCOKÓZ
Um brinde à inventividade, à espontaneidade e à capacidade de interação e de envolvimento com o espectador transeunte dos anônimos saltimbancos e mambembes de todos os tempos.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA

16H – ESPETÁCULO TEATRAL - INFANTIL
CIRANDA DAS FLORES
CIA PROSA DOS VENTOS
A peça mistura mistério, sonho e realidade com a história de uma jardineira e um semeador que se amam, mas têm vergonha de assumir. Certo dia, eles brigam e muitas surpresas acontecem.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES – ELT

17H – TEATRO DE RUA
A BRAVA
BRAVA COMPANHIA
A Brava narra a saga da heroína francesa Joana d’Arc e propõe uma reflexão sobre objetivos, rumos e escolhas de cada pessoa, sendo a história da combatente usada como metáfora e transportada para os dias atuais, juntamente com as referências da cultura pop e da tradição popular brasileira.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA

19H – DANÇA
DANÇA INDIANA
THIAGO ANTUNES
Apresentação de duas coreografias de dança clássica indiana Odissi, que tratam, numa oração pública, da remoção dos obstáculos e do poder transformador da festa.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: GALPÃO ELT

19H30 –APRESENTAÇÃO MUSICAL
RUBI
Pocket show acústico em que o cantor apresentará músicas de seu último CD, Infinito Portátil.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES – ELT

20H – MESA DE DEBATE
O PROJETO ARTÍSTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA LIVRE DE TEATRO DISCUTIDO POR CHIQUINHO MEDEIROS E LUIS ALBERTO DE ABREU
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES – ELT

QUINTA–FEIRA
24/09 

10H – TEATRO DE RUA
CANTEIRO
CIA DOS INVENTIVOS
Com humor a Cia faz uma reflexão sobre o herói e traz a pergunta, quem são os nossos heróis atualmente? Livremente inspirado na obra “Viva o Povo Brasileiro” de João Ubaldo Ribeiro, CANTEIRO é a homenagem da Cia dos Inventivos aos milhões de heróis brasileiros que constroem, diariamente, este país.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA

14H – POESIA & PROSA
SOLO PERNAMBUCANO
MARCELINO FREIRE
O contista Marcelino Freire fará leitura de seus contos, divididos e selecionados pelo ator Gabriel Pinheiro.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: GALPÃO ELT

17H – TEATRO DE RUA
A FARSA DO BOM ENGANADOR
CIA BURACO D´ORÁCULO
Adaptação de La farce du maître Pathelin, sátira anônima escrita no século XV, que faz criticas a duas classes sociais em ascensão na França deste século: a dos comerciantes e a dos magistrados, A Farsa do Bom enganador narra a história do Dr. Calafanje um advogado empobrecido, mestre na arte de enganar, que, com a ajuda de sua esposa, Nuculosa, consegue ludibriar um feirante, Sr. Salabaeto, surrupiando-lhe uma peça de tecido.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA

19H30 – PERFORMANCE
PALAVRAS EM UMA NOITE DE FÚRIA
VIVIANE PALANDI
Solo nascido da manifestação cênica poética, em primeira instância revela-se como poesia proclamada, necessária: vitalidade explosiva.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 12 ANOS
ESPAÇO: GALPÃO ELT

20H – INTERVENÇÃO  TEATRAL

INTERVENÇÃO DO TEATRO SUSTENTÁVEL
COM PONTO DE CULTURA DE DIADEMA
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA

21H – ESPETÁCULO TEATRAL
NEKRÓPOLIS
FORMAÇÃO 10 DA ESCOLA LIVRE DE TEATRO
No palco é montado um julgamento. O acusado: um grupo terrorista. O júri: o público. A trama fala sobre um grupo terrorista que desenterra cadáveres de pessoas que, em vida, não tiveram voz na sociedade: os excluídos. Dessa forma, expõe a negligência e a impunidade de um governo.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 12 ANOS
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES – ELT

 SEXTA-FEIRA
25/09

10H – ESPETÁCULO TEATRAL - INFANTIL
CHUÁ-CHUA, ISSO É HORA DE BRINCAR?
GRUPO TEATRAL PARLENDAS
O espetáculo aborda os medos e angústias infantis, contando a história de Mariana, uma menina que tem medo de água, por isso, recusa-se a tomar banho ou sair em dias chuvosos.
Muitos personagens aparecem para ajudá-la a perder esse medo! E no final, acaba tomando um banho bem gostoso com bolinhas de sabão!

RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES – ELT

14H – TEATRO DE RUA
BRASIL, QUEM FOI QUE TE PARIU?
TRUPE ARTEMANHA
A partir da visão bem humorada de dois escravos-tigres embarcaremos em uma viagem musical pela história de um Brasil que nunca se viu.  De uma forma alegórica o espetáculo de rua Brasil, quem foi que te pariu?, celebra o encontro entre o índio, o branco e o negro que geraram o nosso Brasil de multifaces, raças e credos.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA

16H – TEATRO DE RUA
ARAPUCAIA
GRUPO FORTE CASA TEATRO
Espetáculo livremente inspirado em Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny, de Bertolt Brecht, narra a história de três criminosos, Lucrécia Gavetão e seus dois filhos, Sem Eira e Nem Beira, que, perdidos no meio do nada, fugindo da polícia e sem ter para onde ir, resolvem fundar uma cidade, a cidade dos prazeres: Arapucaia.  
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA

17H – INTERVENÇÃO TEATRAL
CIA DA MATILDE
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: PRAÇA RUI BARBOSA

17H30 – ESPETÁCULO TEATRAL
GARDÊNIA
EL OTRO NÚCLEO DE TEATRO
Inspirada na obra O Amor Nos Tempos De Cólera, do escritor Gabriel García Márquez. Na história, Fermina Daza e Florentino Ariza necessitam passar por mais de 50 anos para ficarem juntos. O amor os leva a superar até mesmo a epidemia do cólera. Dois atores dividem o palco com dez retroprojetores e uma vitrola para simbolizar esse amor profundo e difícil.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 12 ANOS
ESPAÇO: GALPÃO ELT

19H30 – INTERVENÇÃO TEATRAL
MAIORES SÃO OS PODERES DE DEUS
TEATRO DE ROCOKÓZ
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: LIVRE
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES

20H – ESPETÁCULO TEATRAL
CINDY HIP-HOP
NÚCLEO BARTOLOMEU DE DEPOIMENTOS
Embalada pelo ritmo da cultura hip hop, a peça conta a fábula de quatro cinderelas urbanas, com a junção de todos os elementos que norteiam a cultura de rua - dança, palavra, música e grafite, e mescla a ficção com a realidade da juventude do Brasil.
RECOMENDAÇÃO ETÁRIA: 12 ANOS
ESPAÇO: TEATRO CONCHITA DE MORAES

MATÉRIA NO ESTADÃO! CLIQUE AQUI!

O TEATRO MÁGICO APÓIA O MOVIMENTO ELT EM ALERTA!

A trupe o Teatro Mágico apóia publicamente esta causa.

Foi publicada hoje uma matéria no site deles!

Entrem e vejam!

Divulguem!

http://www.oteatromagico.mus.br/novo/notices/view/267

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Matéria sobre e ELT no BLOG DO MARCELO TAS - clique aqui

O Movimento ELT em ALERTA! agradece imensamente ao apoio do Marcelo Tas!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

CONVOCATÓRIA ELT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ NESTA QUINTA

Convocamos todas(os) para comparecer à Sessão Plenária da Câmara de Vereadores de Santo André nesta quinta-feira, dia 17 de setembro, às 15 horas no Paço Municipal, onde os aprendizes farão uso da Tribuna Livre para defender a Continuidade do Projeto Artístico-Pedagógico Original da Escola Livre de Teatro de Santo André (ELT)
É muito importante a presença em peso da comunidade, para que os representantes do Poder Legislativo vejam a organização e força do nosso Movimento e possam ser nossos interlocutores junto ao Poder Executivo, que vem negando nossas reivindicações e descumprindo os prazos de resposta acordados em reunião.
Vale lembrar que a Sessão Plenária começa às 15 horas, mas se estende em geral até as 20 horas, ou seja, quem puder chegar mais tarde também é muito bem-vindo.
Ajude a divulgar entre seus pares e traga seus amigos!

SOBRE SEGUNDA-FEIRA, CONVERSA COM O SECRETÁRIO DE CULTURA

Nesta segunda-feira, uma comissão formada por mestres e aprendizes representantes da Escola Livre de Teatro de Santo André reuniu-se com o Sr. Edson Melo, secretário de Cultura de Santo André, para obter a resposta ao ato realizado na sexta-feira anterior.
A princípio, o Sr. Edon debateu ponto a ponto da carta engregue pelo Movimento, mas firmou a decisão de AFASTAR Edgar Castro tanto de sua função como coordenador, como de mestre da escola, e de MANTER a sra. Eliana Gonçalves como coordenadora geral.
A comissão, como já deliberado anteriormente em Assembléia, deixou claro que não aceitaríamos essa decisão de forma alguma, e após um longo debate, o Secretário pediu mais 3 dias para dar uma nova resposta.

Estamos em ASSEMBLÉIA PERMANENTE e MANTEREMOS O ESTADO DE ALERTA!

Novas ações estão sendo deliberadas, e informaremos vocês o quanto antes.

AGRADECEMOS AOS QUE ACOMPANHAM E APÓIAM ESSA CAUSA!

Movimento ELT!

sábado, 12 de setembro de 2009

FOI LINDO. MAS AINDA NÃO ACABOU!


Hoje o dia foi lindo. Memorável. O ato aconteceu. O recado foi dado. Agora esperemos.
Não escrevemos ainda nenhum texto sobre o dia de hoje, mas deixamos aqui registradas as imagens. E um aviso: ainda não obtivemos uma resposta da secretaria de cultura. Vamos manter o ESTADO DE ALERTA. Segunda-feira estaremos de plantão na ELT, aguardando o pronunciamento do Secretário de Cultura, Sr. Edson Melo.
Agradecemos muito ao apoio de todos.
EVOÉ!!!

Fotos: Lucas Duarte de Souza



Início da concentração em frente à ELT


A caminho





 


 



 


 

 

 

 
 Alexandre Falcão
Representando os aprendizes da ELT

 
 Ney Piacentini
Presidente da Cooperativa Paulista de Teatro

Antônio Petrin
Ator

 
Leona Cavalli
Atriz




Cibele Forjaz
Diretora de Teatro/ Cia. Livre
Representando os Mestres da ELT

Lucia Gayotto
Mestre da ELT
No ato de entrega da carta ao Secretário


 
Sr. Edson Melo
Secretário de Cultura de Santo André

 








COMUNIDADE ELT


ESTAVAM PRESENTES NO ATO E/OU MANDARAM NOTAS DE APOIO:

Escola Livre de Cinema e Vídeo
Escola Livre de Dança
Escola Livre de Literatura
EMIA
Cooperativa Paulista de Teatro
Ney Piacentini
Conselho Municipal de Juventude de Santo André
Conselho Municipal de Cultura de Santo André
Leona Cavalli
Antonio Petrin
Cia. Livre
Cibele Forjaz
Marcelino Feire
Gilberto Dimenstein
Kleber Albuquerque
Luis Gayotto
Marcelo Tas
A Brava Companhia
Maria Thais
Cacá Carvalho
Paschoal da Conceição
Cia. Levante
Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
Maria Alice Vergueiro
Cia. Humbalada de Teatro
Ponto de Cultura Centro Formação e Reflexão Teatral
Ana Vitória Vieira Monteiro
Teatro de Rocokóz
Cia. São Jorge de Variedades
Arte Humus
Galpão do Folias
Sociedade Baderna de Teatro e Outros Atentados
Cia dos Inventivos
Cia Circo de Trapo
Cia. da Matilde
Comissão de Políticas Públicas do Arte Pela Barbárie
Luciene Guedes
Núcleo Argonautas
Chiquinho Medeiros
Newton Moreno
Frente 3 de Fevereiro
Luciano Kiroli
Teatro da Vertigem
Os Fofos Encenam
Tica Lemos
Inácio Arruda - Presidente da Comissão de Educação e Cultura do Senado
Vereador Donizeti Pereira (PV)
Vereador Gilberto do Primavera (PTB)
Vereador Thiago Nogueira (PT)
Vereador Cláudio Malatesta (PT)
Vereador Montorinho (PT)
Vereador Bahia (DEM)
Vereador Antônio Leite (PT)
Vereador Prof. Edgar Nóbrega (PT) - São Caetano do Sul


A CARTA ENTREGUE, na íntegra

Exmo. Sr. Prefeito
Sr. Aidan Ravin
Exmo. Sr. Secretário de Cultura
Sr. Edson Salvo Melo
Nós, abaixo assinados, da comunidade Escola Livre de Teatro – centenas de mestres e aprendizes, cidadãos e cidadãs de Santo André, de outras cidades de São Paulo e do Brasil, atualmente abrigados na ELT - respeitosamente manifestamos, através deste documento, nossa profunda insatisfação com os rumos que foram tomados quanto ao que consideramos o mais essencial e precioso no projeto artístico e pedagógico da Escola.
Trata-se, como é de amplo conhecimento, de um projeto que vem sendo construído há vinte anos, e adotado como referência Brasil afora, sem distinção partidária – justamente porque há o entendimento de que o que nele interessa não interessa a um partido em particular, mas aos cidadãos em geral, estejam eles nesta ou naquela agremiação. Quando saímos agora às ruas, senhores, estamos imbuídos antes de tudo do espírito de defesa de um projeto e sua História, construído nestas duas décadas sob o trabalho árduo e a invenção radical - que colocou a ELT como um dos mais importantes laboratórios para o teatro paulista – como pode atestar o próprio painel teatral, onde os mais importantes expoentes, ARTISTAS, são ou estiveram ligados à Escola.
Queremos deixar claro e firmado neste documento (e esta é a palavra final da coletividade – amplamente discutida entre mestres e aprendizes) que nossa motivação ao protesto neste momento não se dá em função da predileção por este ou aquele nome, por esta ou aquela cor partidária. Pensamos à frente e consideramos que preservar o projeto dinâmico e complexo da Escola é um trabalho para o presente, mas também para as gerações futuras da cidade e do país. Nossa tentativa e pedido de reavaliação da Gestão quanto a isso tem estas bases e deve ser compreendida nestes termos.
Ressalvamos que, sempre que solicitado, o Senhor Secretário nunca se furtou ao diálogo conosco, e em vários episódios esforçou-se por elucidar os equívocos de comunicação. E ao contrário do que foi divulgado, o seu mais evidente interlocutor e defensor dentro da Escola foi justamente o mestre Edgar Castro, recentemente demitido. Contradição que não nos cabe elucidar, mas que talvez interesse. Escrevemos esta carta repletos da certeza de que seremos compreendidos, uma vez que a intenção de ambas as partes tem sido sempre a de criar as melhores condições para que a Escola funcione bem e sirva – como deve ser – aos interesses públicos e coletivos. Pois se esse é o desejo, concordamos e pactuamos com ele.
Tendo em vista os já decorridos oito meses da nova gestão, e evidenciando nossa ampla tolerância e tentativas de diálogo com relação a práticas administrativas em tudo distantes do que se afirmou nestes anos como o essencial ao projeto, chegamos a um ponto em que as contradições têm que vir a público, sob o risco de acabarmos nos acomodando em uma estrutura que desfigura tudo o que há de mais caro na nossa identidade artística, pedagógica e política. Elencamos abaixo algumas ações e práticas que consideramos incompatíveis e nocivas ao andamento sempre complexo, mas amplamente democrático e inventivo que vem marcando nossa vida escolar.
Da palavra "Livre" - presente no nome da Escola - emerge um campo pedagógico próprio, que pressupõe o conceito de deliberação coletiva, derivado do contínuo diálogo entre mestres, aprendizes e funcionários (constituintes legítimos da comunidade ELT), num processo de não-hierarquização, radicalmente contrário a imposições, especialmente quando elas surgem sem alicerces que justifiquem sua concretização.
Neste capítulo, evidenciou-se de maneira flagrante e muitas vezes constrangedora que a chegada da funcionária Eliana Gonçalves – certamente alguém da confiança do Executivo, o que nos parece uma operação legítima na governança - representou uma ruptura no processo de autonomia na pesquisa artístico-pedagógica e, sobretudo, política – naquele sentido do exercício DEMOCRÁTICO radical, do qual não abrimos mão. Mas chegamos, enfim, ao impasse. A constatação coletiva é a de que não podemos mais permitir continuidade à desestruturação diária dos pressupostos de trabalho criados e fortalecidos através de décadas. E de que a ingerência pouco esclarecida deve ser alterada – porque a convivência cotidiana deste confronto de idéias e de maneiras de ver a Formação na ELT vem desestruturando e desqualificando o que foi construído até aqui.
Basta observar a seqüência de fatos concretos, para que se perceba claramente que a atual administração não conseguiu nestes oito meses compreender o que é e o que significam do ponto de vista formativo as dinâmicas de convivência, trabalho e criação conjuntas característicos da Escola:
01. O desconhecimento total a respeito do mais elementar nas linguagens do teatro – conhecimento técnico e artístico – e dos profissionais ali presentes que, em sua maioria, não são de fato referências midiáticas, mas são todos referências na cena teatral nacional. E o desinteresse em conhecer verdadeiramente o processo do fazer teatral fundamentado neste equipamento. Muito diferente do que se tem argumentado, a competência técnica e o repertório até aqui apresentado restringem-se ao ensino formal e, ainda assim, permitam-nos, em coordenadas que nem mesmo as escolas mais antiquadas adotam mais. Da área de trabalho específica e urgente a este projeto até este momento não pudemos contar com nenhuma colaboração relevante.
02. A sua ausência no período noturno de funcionamento dos trabalhos, horário em que há o maior fluxo de aprendizes e mestres e, conseqüentemente, de demandas, impossibilitando um mínimo de aproximação afetiva e de diálogo.
03. O deliberado desprezo em relação aos momentos cruciais de tomada de decisões coletivas; sua reiterada falta de disposição para o debate, somada à quebra dos acordos feitos em reuniões com funcionários (nas quais participaram mestres e aprendizes), além das alterações no espaço funcional (alguns feitos sem prévia consulta à comunidade em período de recesso forçado), afetando diretamente o cotidiano dos aprendizes, tais como:
- Pintura das paredes da escola, certamente desejada, mas que foi realizada em período letivo, prejudicando a utilização do espaço durante as aulas, devido ao forte cheiro de tinta.
- Criação de duas copas separadas, eliminando o espaço de manufatura de adereços de cena e figurinos, alocando a copa de “alunos” numa área em condições não adequadas, onde transitam pombas e ratos. A “copa de funcionários” foi transferida para uma sala onde circulam fios elétricos de alta tensão, constituindo também um perigo a quem transita no local. Como se não bastasse, tal atitude é completamente contrária à criação do conceito de coletividade, trabalhada com muito apreço nesses quase 20 anos de ELT.  Aqui há a substituição por atitudes e práticas com raiz na hierarquia surda e na separação anti-democrática de um campo COMUM da experiência formativa – que é central e inegociável para nós.
- Por fim, a sala de reuniões, materialização e símbolo do constante diálogo entre mestres, coordenação e aprendizes, foi alterada, transformada em sala de uso pessoal, eliminando concretamente o espaço de diálogo.
Obviamente, a intenção de limpeza e organização em que se baseiam os argumentos para essas mudanças certamente é bem vinda, mas o que ocorre neste caso são atitudes arbitrárias e pessoalizadas, calcadas em princípios de uso próprio e anti-democrático, não partilhados pelo coletivo ELT,  ferindo nossos princípios pedagógicos.
04. A assustadora não-resposta às solicitações de diálogo feitas por todos os membros da Comunidade ELT (especialmente aprendizes e mestres), além de postura autoritária, omissa e por vezes agressiva nas poucas assembléias e reuniões em que esteve presente.
05. Atitudes inadequadas em relação às especificidades de cada um dos projetos criativos (materiais de cena que foram jogados fora sem nenhuma justificativa anterior; horários que foram desrespeitados; aprendizes que foram dispensados de aula sem prévia consulta ao mestre etc). O que significa, por um lado, o ignorar o uso prático e sensível de materiais da criação que, de fato, sob o olhar de alguém que não reconhece os processos teatrais nem a sua construção, podem parecer imprestáveis, mas que são fundamentais para os processos criativos.
06. A proposta de separação física e administrativa da ELT e do Teatro Conchita de Moraes, cujo espaço de extensão pedagógica foi pensado e estruturado desde sua reforma, em 1992. Esta idéia descabida foi, ao que parece, abandonada – devido ao seu total despropósito - sob a deliberação atenta do Senhor Secretário, que em tempo observou a necessidade e a pertinência das atividades da Escola em relação às do teatro.
07. A exigência de graduação superior aos professores, proposta que caminha em sentido radicalmente oposto à diversidade necessária ao projeto artístico-pedagógico da ELT, procurando deslegitimar este espaço como um lugar de experimentação artística, no qual mestres compartilham seus saberes baseados em suas pesquisas e experiências, na ativa e comprovada vivência teatral. Note-se que nos quadros há pesquisadores com extensa atividade artística, embora sem a graduação formal (ainda que premiados, inclusive internacionalmente), assim como há doutores e mestres formados nas melhores universidades do Brasil e que ministram aulas nas mais reconhecidas escolas de teatro do país (públicas e privadas).
08. A proposta de "re-adequação" da grade de horários e espaços físicos feita sem justificativa que contribua para o processo de formação artística e sem ouvir (sequer perguntar) sobre as necessidades de aprendizes, mestres e funcionários.
09. O equívoco na abordagem sobre a abertura de novas portarias e a possibilidade de transferência de encarregaturas, gerando especulações entre a equipe e abalando a relação desta, até então harmoniosa.
10. A renitente convicção de que a Escola necessitaria se adequar a um padrão inapropriado, trazido de fora para dentro, estranho à sua identidade arduamente constituída, e que mais se assemelha a uma antiquada imagem de anacrônico ensino formal e do serviço público em seu imaginário de antigas repartições, referências das quais a Escola Livre se compraz por ter superado.
Diante desses fatos, está instaurado um incômodo geral - notem, amplamente difundido na comunidade escolar, mestres e centenas de aprendizes - o que é muito negativo para o bom andamento de nossos trabalhos, transtornando o ambiente e atrapalhando o que de fato necessitamos fazer nesta escola: Teatro.
A Escola Livre de Teatro tem raiz na comunidade – seja no próprio processo de formação artística que a atende, seja nos espetáculos de seus aprendizes, que permanecem meses em cartaz, com ampla adesão do bairro, da cidade e de platéias vindas de outros lugares. Isso o Secretário pôde verificar pessoalmente. Mas esta relação se dá em bases de exigências artísticas rigorosas, que não barateiam os seus processos e tem respeito pelo cidadão, esteja ele na condição de aprendiz - no palco - ou espectador - na platéia.
Por todos estes aspectos acima expostos, solicitamos ao Executivo a reavaliação da demissão do coordenador e mestre Edgar Castro, que ajuda a construir a História da ELT há 11 anos de forma íntegra, inovadora e constante. Solicitamos também a transferência da funcionária Eliana Gonçalves para outro setor da municipalidade a que ela possa emprestar o seu conhecimento profissional de maneira efetivamente útil, segundo o seu perfil. Importante destacar que a Escola tem sim necessidade de funcionários que tornem ideal o seu funcionamento, porém devem estar afinados com os processos criativos e dinâmicas originais inerentes à formação crítica e poética do ator-criador da Escola Livre – que desde sempre foi um ponto distintivo de sua pedagogia.
 Somos abertos à chegada do novo e nunca nos encastelamos em nossa diferença, mas desde que o novo esteja aberto ao diálogo e respeite nossa História, que não é apenas nossa, cidadãos, artistas e aprendizes que estão na ELT neste momento – mas a História de uma geração de artistas que dali saíram e continuarão saindo para ganhar os palcos brasileiros.
Comunidade ELT
Santo André, setembro/2009